Em homenagem a uma escola que acompanhou o crescimento de Aldeia – tem praticamente a idade do nosso bairro, se considerarmos o aparecimento dos primeiros condomínios e sítios residenciais de Aldeia – e já educou pelo menos duas gerações de legítimos aldeienses, vamos contar um pouco dessa história numa série de três posts, que começam a ser publicadas neste domingo (11).
Aldeia ainda era um lugar onde uns poucos privilegiados tinham casas de campo e a PE-27 nem tinha iluminação quando o americano John Willis Fryer, a esposa Lígia Maria – baiana de Jaguarari – e os três filhos vieram morar aqui. Ele era professor da Escola Americana, em Boa Viagem, no Recife. Ela, do Colégio Santa Maria, igualmente na capital. Ambos sonharam grande e em 1977 começaram a saga da primeira escola privada de Aldeia, com apenas 16 alunos – sendo que dois eram filhos do casal. Este ano a EIA completa 40 anos e é um patrimônio educacional, cultural e, principalmente, afetivo para milhares de aldeienses.
Pelos cálculos de Mike Fryer, caçula do casal e atual diretor da escola, nestas quatro décadas mais de 7 mil meninos e meninas estudaram na EIA, que até dez anos atrás só oferecia classes de ensino básico e fundamental. Em 2007 a direção cedeu aos apelos dos pais e firmou convênio com o NAP – hoje com o GGE – para turmas de ensino médio. Vários dos ex-alunos têm filhos, e alguns até já têm netos, estudando na EIA.
A ligação afetiva de quem estuda lá com a escola é passada de pai para filho. O próprio Mike explica: “A gente diz aos pais que vêm conhecer a escola que aqui o filho dele não precisa ser melhor do que ninguém. Ele só precisa ser feliz. Essa já era a filosofia da escola 40 anos atrás, quando meus pais a criaram. Por isso a gente trata cada aluno de perto e chama a família para dentro da escola. Entendemos que aqui é como um mini-mundo, onde os alunos vivem suas alegrias, descobertas e frustrações da mesma forma que vão viver lá fora, e por isso eles têm que aprender aqui a respeitar as diferenças, a cair e levantar, enfim, a serem seres humanos melhores”, resume.
Hoje com mais de 700 alunos e 150 funcionários – incluindo professores, coordenadores e outros profissionais de apoio –, mais de 6 mil metros quadrados de área construída em dois terrenos que somam 40 mil metros de área, cerca de 40 salas de aula, além das salas especiais para aulas de inglês, ciências, música, balé, judô, laboratórios de informática e biblioteca, a EIA tem ainda três quadras poliesportivas e uma piscina.
O caminho até aqui não foi fácil, mas muitas histórias bonitas de colaboração e solidariedade foram pavimentando cada passo dado pela EIA. Uma delas aconteceu num tempo em que as dificuldades financeiras eram muitas e a escola não tinha condições de bancar sozinha a construção da quadra de esportes. Um grupo de pais, sentindo-se parte daquela história, se uniu para ajudar como podiam e assim a quadra foi levantada. Simbolicamente, cada aluno doou uma telha e nela colocou seu nome. Hoje, os filhos daqueles alunos ainda podem ver os nomes dos pais no teto do ginásio.
Como no início
Muitas coisas, no entanto, ainda são como nos primeiros dias da escola. O ensino integral duas vezes por semana, por exemplo, é oferecido desde o primeiro ano de funcionamento. No horário extra-classe os alunos têm aulas de música, inglês – a partir do Infantil – e esportes à sua escolha, atividades incluídas no valor da mensalidade.
A festa de Halloween – ou Dia das Bruxas, em bom português –, apesar de ter evoluído muito, é uma tradição desde a década de 1970 e continua sendo uma das datas mais esperadas pelos alunos, que se divertem desfilando fantasias horripilantes e vivenciando o clima de filme de terror que a escola incorpora no último dia de outubro.
Mantendo tradições e olhando para o futuro, a EIA, segundo Mike, foi uma das primeiras escolas de Pernambuco a introduzir computadores para uso dos alunos. “As pessoas nos tinham como loucos, achavam que o computador só serviria para brincadeiras. Chegamos a perder 10% de nossos alunos, imaginem! E hoje já estamos inovando de novo, com o Mind Lab”. Também chamado de Programa Mente Inovadora, o Mind Lab é uma metodologia israelense que estimula os alunos a trabalharem as áreas menos usadas do cérebro por meio de jogos.
“É um estímulo ao raciocínio, não acrescenta conteúdo e por isso a desconfiança de alguns. Mas se pensarmos que 60% dos jovens que estão estudando hoje em dia vão trabalhar em funções que ainda não foram inventadas, é fácil concluir que a criatividade e o raciocínio lógico têm que ser levados a sério”, afirma Mike.
Também na área de tecnologia a Escola tem, há um ano, uma parceria com o Google, para o treinamento de professores no uso de ferramentas educativas. Por meio dessas ferramentas, os professores gerenciam documentos, controlam o desempenho dos alunos e podem acompanhar a participação de cada um nos trabalhos escolares, entre outras coisas. É com a dedicação individualizada e a atenção coletiva que a escola se diz preparada para os novos tempos.
Crescer? Mike diz que não. Perderia o sentido de “grande família” que sempre teve. Mas evoluir sim, sempre.
A escola fica no km 7 da PE-27. Para saber mais sobre a Escola ou agendar uma visita, basta ligar para 81 3459.1272 e 3459.4013.
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