Após denúncias feitas pela nossa reportagem de que existe risco de deslizamento no trecho da ladeira de Aldeia onde o asfalto sofreu uma fissura há cerca de dois meses, o Departamento de Estradas de Rodagem (DER) enviou mais uma nota de esclarecimento.
Desta vez, o órgão informa, através da assessoria de comunicação, que está elaborando um projeto que prevê a construção de muro de arrimo para “evitar riscos de uma erosão”. Tal obra tem previsão de início na segunda metade do mês de agosto.
Leia a nota na íntegra:
‘O Departamento de Estradas de Rodagem (DER), órgão vinculado à Secretaria Estadual de Transporte, informa que está sendo elaborado um projeto de engenharia para contratação dos serviços emergenciais para construção de um muro de arrimo, que terá 40 metros de comprimento por 3 metros de altura, incluindo a implantação de uma drenagem extra. Essa iniciativa visa reforçar a estrutura desse trecho da rodovia, evitando os riscos de uma erosão.
A previsão é que os trabalhos sejam iniciados na segunda quinzena do próximo mês de agosto, de acordo com as condições climáticas na região.’
Há cerca de dois meses, com o início das chuvas, uma fissura se abriu na altura do km 2 da ladeira de Aldeia. O DER esteve no local e depositou uma faixa grossa de asfalto sobre a rachadura.
A faixa continua no local até hoje, e os carros que trafegam no sentido Aldeia-Recife têm que desviar dela, passando para o lado oposto da pista. Sob o asfalto, no entanto, na direção da barreira da ladeira, está em curso um processo de erosão da terra, e a tubulação de água está exposta, com risco de rompimento.
Com o aumento das chuvas, cresceu a preocupação dos moradores de Aldeia, manifestada nas redes sociais. O DER chegou a anunciar que viria tratar do problema “quando as condições climáticas permitissem” e chegou a garantir que não há risco de desabamento na área.
No último domingo, o publicamos um parecer técnico elaborado pela engenheira Ana Patrícia Nunes Bandeira, especialista em solos, a pedido de uma moradora de Aldeia. O parecer diz, literalmente: “O revestimento asfáltico, que embora seja flexível (suportando deformações), já apresenta indícios de movimentações além da admissível”.
E mais: “A tubulação está suspensa, com risco de romper a qualquer momento. Caso isso venha ocorrer, a pressão e a vazão da água poderão contribuir com deslizamentos de grande magnitude no local”.
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