Muita gente que não mora em Aldeia tem a impressão de que o bairro é muito longe do centro do Recife. A verdade é que do início da Estrada de Aldeia (km 0) até o Marco Zero do Recife são aproximadamente 16 quilômetros. Isso equivale à distância de Piedade e de Rio Doce (Olinda) ao Bairro do Recife.
Ainda hoje, grande parte da população consome água retirada diretamente dos seus poços. Ao mesmo tempo, há uma grande exploração ilegal de água mineral e quase nenhuma fiscalização para coibi-la.
Sim, é possível ter um espaço tranquilo e reservado para ficar quieto em Aldeia. Mas também é possível ter uma vida social tal qual a de quem vive em bairros do Recife. Aldeia hoje dispõe de uma oferta razoável de supermercados, bares, restaurantes, igrejas, cursos de idiomas, academias de ginástica, brechós e feirinhas de artesanato. Já não é mais uma estância de férias, mas praticamente uma pequena cidade.
Desde que começou a onda de explosões a caixas eletrônicos, cerca de uma década atrás, os bancos sumiram de Aldeia. A única opção para saques, hoje, é a casa lotérica, no km 10, onde se pode tirar até R$ 300.
É verdade que nem de perto se parece com o trânsito da maioria dos bairros do Recife, mas quem conheceu Aldeia dos anos 1990 para trás estranha muito o volume de carros que circulam e o tráfego que se forma de manhã cedo nas imediações da Escola Internacional e na ladeira (sentido de quem desce). Andar de bicicleta na pista, que antigamente era comum, hoje é bastante arriscado, com os acostamentos invadidos e os carros passando em alta velocidade.
Os cinemas mais próximos ficam em São Lourenço e Casa Forte. No próximo ano, com a inauguração do Camará Shopping, os moradores poderão comemorar a abertura de salas um pouco mais próximas.
O perfil de “natureba” ou “alternativo” que antigamente definia bem quem vinha para Aldeia – aquele tipo “maluco beleza”, mais voltado para as práticas meditativas e saudáveis –, tem se modificado um bocado nos últimos anos. Hoje, há lugar para todos. Não é à toa que surgiram, neste período, uma barbearia como a Iron Club, no km 9, voltada para o público “yuppie”, além de uma profusão de hamburguerias, pizzarias e fast foods.
O sinal de celular ainda é precário em muitas áreas de Aldeia, principalmente nas vias mais afastadas da PE-27. O sinal de internet, que melhorou muito nos últimos anos com a chegada da fibra ótica em boa parte da região, não chega a ser unanimidade. Algumas áreas ainda têm sinal fraco ou inexistente, seja para wi-fi ou móvel.
Aldeia, que fica 109 metros acima do nível do mar, tem uma temperatura média um pouco mais baixa do que o Recife. Alguns anos atrás era comum o recifense subir a ladeira em busca de uma temperatura amena para tomar vinho e comer fondue. Os moradores eram habituados a ver neblina na estrada de manhã cedo e à noite, nas épocas de frio, e estavam acostumados a ver fumaça saindo pela boca nas noites mais frias. Hoje, mesmo no inverno atípico como o deste ano, que vem alterando os hábitos dos moradores, a temperatura dificilmente tem caído a menos de 17 graus nas madrugadas.
Ainda hoje, persiste em Aldeia um problema antigo: constantes variações e quedas de energia elétrica, especialmente em épocas de chuva, sobretudo pelos ventos fortes que derrubam galhos e lançam outros objetos sobre a rede elétrica. Por conta disso, muitas vezes os aparelhos elétricos queimam e os moradores têm que pedir reparação à Celpe. L
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