Um lugar simples, escondido e agradável de se passar o dia. Assim é o Bar do Brejo, dois quilômetros e meio adentro pela entrada de Águas Finas, no km 17 da Estrada de Aldeia. Depois de ultrapassar um acesso bem complicado, com pedras e buracos, chega-se ao local, onde o silêncio só é quebrado pelas conversas dos clientes ou o roncar das motocicletas. Sim, porque ali é um dos pontos preferidos dos motoqueiros e trilheiros que se aventuram pelas estradas vicinais de Aldeia.
Dona Maria José Dantas da Silva, 42, conhecida por Nena, vivia da agricultura até 12 anos atrás, quando construiu o bar. De lá pra cá, fidelizou uma clientela, expandiu os negócios, mas também perdeu um filho para a violência urbana e o seu marido está acamado após um AVC. Mesmo assim, segura a onda do negócio e chega a receber 200 pessoas nos fins de semana que tem corrida de moto. “Às vezes preciso alugar mesas extras e contratar ajudantes”, diz Nena com o semblante tranquilo de quem vive no mato.
No Bar do Brejo há um riacho que chega a um metro de profundidade e faz a festa dos clientes, com água fresca e boa para banho. Para comer, o forte da casa é o arrumadinho, que sai nas versões bacalhau, charque e carne de sol por preços que vão de R$ 25 (para duas pessoas) a R$ 45 (para quatro pessoas). E para beber tem de tudo, de água de coco a uísque.
Com três filhos ainda para criar, Nena conta que só descansa nas terças-feiras. No resto da semana, o bar funciona das 7 da manhã até o último cliente (exceto em épocas de muita chuva, quando só dá movimento nos fins de semana). Como mora no mesmo terreno do bar, ela avisa que também abre à noite, quando solicitado.
“No verão vem gente de todo canto, a semana toda”, anima-se. “E no inverno a gente sobrevive dos trilheiros, motoqueiros e cavaleiros que geralmente chegam aqui cobertos de lama e aproveitam para comer alguma coisa enquanto relaxam nas águas do rio. Eles adoram”.
Quem quiser conhecer o Bar do Brejo deve seguir pela estrada de Águas Finas e dobrar à esquerda logo depois da entrada do clube. Em seguida, por uma trilha arborizada, descer por uma ladeira (que não está em boas condições) até o bar. Se preferir, pode ligar antes para Nena pelo telefone (81) 9 9611 6514.
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