Quem mora em Aldeia já deve ter percebido uns postes baixinhos nas cores amarelo e verde com a inscrição “BR”, além de umas placas da Transpetro avisando que há “duto enterrado” na área. Essas sinalizações marcam a passagem dos canos que transportam gás natural desde a fonte de onde é extraído até as distribuidoras, como a Copergás.
O que muitos não sabem é que esses dutos ficam a 1,5 metro de profundidade e qualquer perfuração neles pode resultar em graves acidentes.
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A Transpetro é quem transporta o combustível da Petrobras por navios e dutos, cuja malha corta o país com mais de 14 mil quilômetros. Para garantir a segurança da população, todo o traçado do gasoduto é definido por meio de um decreto presidencial e segue uma série de normas. A população, no entanto, tem que fazer sua parte.
As principais proibições na faixa que dista 50 metros dos dutos são de escavação, construção, uso de arado, produção de fogo e plantio de árvores de raízes profundas. Quem perceber alguma ameaça, como a existência de uma máquina ou obra próxima à faixa de dutos deve avisar imediatamente pelo telefone 168.
Por Aldeia passam dois dutos, o Nordestão, que tem 424 quilômetros, e o Gasalp, com 204 quilômetros, que cobrem a área do Rio Grande do Norte a Alagoas. O primeiro vem desde a Bola na Rede, cruza a Estrada da Mumbeca e se conecta a outro duto na comunidade do Oitenta, chega à PE-27 na altura do posto BR, segue até a propriedade ao lado do Clube Sargento Wolf e vai em direção a Timbi passando pelo Borralho. O outro nasce na Mumbeca, cruza a PE-27 no km 13 e desce pela mata até Tiúma.
Para informar à população das precauções que se deve ter, uma pessoa contratada pela Transpetro visita os moradores de um raio de até 400 metros da faixa de dutos. Comunidades, condomínios, prefeituras e concessionárias recebem palestras e um treinamento que chega a incluir até exercícios de evacuação.
O risco de acidentes, segundo a empresa, é mínimo. Mas pode acontecer pela ação de terceiros. E como o gás é mais leve que o oxigênio, invisível e também inodoro (sem cheiro), um vazamento só pode ser percebido pelo barulho, que se assemelha ao de uma panela de pressão. Ou por um acidente de grandes proporções.
Segundo as normas de segurança da empresa, existe uma inspeção de campo feita por terra, outra que é feita por helicóptero (e vai passar a ser feita por também drones), e as inspeções eventuais, que são realizadas quando acionadas pela população. Existe ainda um equipamento que atravessa os dutos como um cateter, internamente, em busca de vazamentos.
Veja mais informações e detalhes de como proceder em caso de emergência na página da Transpetro: http://www.transpetro.com.br/pt_br/tecnologia-e-seguranca/seguranca-na-faixa-de-dutos/relacionamento-com-a-comunidade.html
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