Em seu primeiro ano de mandato, o prefeito de Paudalho, Marcelo Gouveia, foi bem sincero: tinha recebido o município com o caixa em sérias dificuldades, o primeiro ano tinha sido dedicado a restaurar as contas públicas e não era de fazer promessas que não fosse capaz de cumprir. Mas uma coisa parecia bem fácil, tanto que, com um simples telefonema, autorizou a abertura de uma licitação: era para a iluminação do trecho da Estrada de Aldeia que pertence a Paudalho, do km 14 ao km 20.
Era dezembro de 2017 e nossa reportagem acompanhava uma reunião entre o prefeito, o Fórum Socioambiental de Aldeia e a Associação dos Condomínios de Aldeia. O prefeito chegou a gravar um vídeo para deixar registrado o compromisso (assista abaixo!). Agora, quase três anos depois, a rodovia permanece às escuras – o que é perigoso não só para carros, motos, bicicletas e pedestres, como para os animais silvestres que atravessam a pista.
As margens da PE-27 (Estrada de Aldeia) pertencentes a Paudalho compõem o trecho menos explorado pela especulação imobiliária, essencialmente por ser uma área canavieira. Por conta disso, boa parte da estrada, ali, mantém as características da Aldeia de décadas atrás, com muito verde formando um corredor, bonito de ver se não fosse tanto lixo.
Sim, além da falta de iluminação, a estrada agora sofre com o acúmulo de lixo. Ao longo de todo o percurso, a partir do km 14 até Chã de Cruz (km 20), o que se vê são sacos, papéis, garrafas pet e todo tipo de resíduo.
Para ouvir o que o prefeito – que tenta a reeleição este ano, pelo PSD – e a Prefeitura de Paudalho tinham a dizer sobre os dois problemas, falamos com a Secretaria de Comunicação e com a assessoria do prefeito, pedindo uma entrevista ou ao menos um esclarecimento. Ambos ficaram de enviar uma resposta, mas até o momento (três semanas e diversas novas tentativas de contato depois), não o fizeram.
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