O Euchroma gigantea, um dos maiores besouros existentes no Brasil, é também conhecido como besouro metálico, por sua coloração verde e arroxeada brilhantes, e é capaz de acabar com grandes árvores, como uma castanhola do condomínio Ricaflora (km 12), devorada recentemente por um desses insetos. O besouro se aloja na copa de algumas árvores para se alimentar das folhas e fura buracos no tronco para depositar suas larvas. São justamente as larvas que comem o tecido vivo da árvore, abrindo galerias em direção às raízes. O resultado é que a planta perde a sustentação e termina caindo e morrendo.
“O besouro metálico prefere árvores de madeira mole, como munguba, baobá, sumaúma, paineira, barriguda e imbiriçu”, cita Dario Kirschner, agrônomo e consultor especialista em controlar pragas e doenças em árvores (@sistemaequilibrio). Morador de Aldeia, ele foi convidado para inspecionar as árvores do Ricaflora e descobriu a castanhola em estado avançado de infestação (foto a seguir).
“Esse besouro é originário da Amazônia, mas ocorre dos Estados Unidos até o sul da América do Sul. Não existe um inseticida pra ele e por isso o ideal é que, ao ser identificada a sua presença, a árvore seja logo podada – para ficar mais leve, enquanto se avalia o estado geral – e se não houver jeito, que ela seja sacrificada, cortada em pedaços e queimada. O toco também deve ser queimado de forma que não sobre nenhuma larva viva no local”, diz Dario.
“O que eu recomendo sempre é que em caso de se ter que sacrificar uma árvore, pelo menos outras três ou quatro sejam plantadas. Precisamos muito nos preocupar com o equilíbrio do nosso ecossistema e cada indivíduo, seja da flora ou da fauna, tem seu papel na natureza”, acrescenta o agrônomo.
Ainda segundo Dario, os predadores do besouro metálico são os calangos, alguns pássaros e as iguanas. Para evitar pragas e doenças nas árvores, o que os aldeienses podem fazer é principalmente manter o solo adubado e as plantas nutridas. A qualquer sinal de furos nos troncos das árvores ou serragem ao redor dos troncos, procurar um especialista para monitorar a saúde da flora local.
Cadastre-se para receber nossa newsletter.