Há seis anos, nas noites de segunda-feira, um grupo de pessoas se reúne para cantar na biblioteca da Escola Internacional de Aldeia (EIA), no km 7. São homens e mulheres de variadas idades e profissões que encontraram na música uma forma de se divertir e ao mesmo tempo de extravasar as tensões do dia a dia.
Nos ensaios do coral Vozes D’Aldeia, iniciativa da professora Lígia Fryer, diretora pedagógica da EIA, os participantes aprendem teoria musical, trocam ideias e simplesmente soltam suas vozes. “Ninguém tem obrigação de ser um grande corista, ter uma voz maravilhosa. A ideia aqui é a gente se divertir”, explica a bancária Myra Rabelo, 49, uma das primeiras componentes do coral. Segundo Maura Periquito, 72, o coral foi uma forma que o casal Lígia e John Fryer, donos da escola, arranjaram para trazer a comunidade para dentro da EIA.
“Se não fossem eles, esse coral não existiria. Basta dizer que a escola cede, sem nenhum custo, o espaço e a energia para a gente ensaiar, toda semana, numa sala limpa e com ar-condicionado”, elogia. “Aqui é uma terapia, a gente esquece dos problemas e sai bem mais leve do que entra. Quando não posso vir, perco minha semana”, diz Glaucio Leal Cabral, 42, autônomo.
Já a enfermeira sueca Eva Maria Forsberg de Paula, 63, que há 26 anos mora em Aldeia, conta que em seu país a educação musical é muito forte e os corais são muito valorizados. “Na Suécia, em qualquer povoadozinho tem um coral”, diz. Ela não pensou duas vezes quando soube que seria criado um coral em Aldeia e participa do Vozes D’Aldeia desde o primeiro dia.
A bióloga e professora universitária Maristela Casé, 41, e sua mãe, Carmelita Costa, 67, também participam do coral desde a sua fundação. “Como tenho três filhos e levo uma vida muito movimentada, os ensaios do coral são a única atividade que faço sozinha com a minha mãe, e isso não tem preço”, diz Maristela. “Para mim isso aqui é musicoterapia. A unidade desse grupo faz bem para a minha alma”, complementa Carmelita.
Em épocas festivas o coral é convidado a se apresentar em escolas, igrejas, instituições filantrópicas e comunidades de Aldeia. Para participar do grupo basta procurar o maestro Rezin Afonso, que dirige o Vozes D’Aldeia, antes do ensaio (por volta das 18h45) na biblioteca da EIA, ou pedir mais informações a Eva Forsberg no 9 8898 5349. É cobrada uma taxa mensal de R$ 90 para as despesas do maestro.
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