Todo mundo já deve ter notado a grande quantidade de lixo que se vê espalhado ao longo da PE-27, nossa velha e mal-tratada Estrada de Aldeia.
Procuramos a Prefeitura de Camaragibe (responsável pela limpeza até o km 14, onde há maior concentração de comércio e condomínios) para saber o que está acontecendo e descobriu que tem havido, sim, deficiências no serviço de coleta de lixo, mas que a população, infelizmente, tem contribuído bastante para agravar a situação.
O que acontece muitas vezes é que as pessoas jogam o lixo fora dos sacos junto com podações e metralhas na beira da estrada e esses tipos de resíduos não são recolhidos pelos caminhões da Prefeitura.
Se materiais como embalagens e garrafas pet estiverem jogados na rua, como mostra a foto, os garis não têm condições de recolher.
Outro problema que vem se agravando a cada dia é o número crescente de comerciantes que instalam suas barracas de frutas e verduras ao longo da estrada e, além de estarem irregulares e correndo risco de acidentes, deixam toda sorte de resíduos espalhados pela estrada. Como a estrada é estadual, caberia ao DER controlar esse comércio, mas nada tem sido feito neste sentido.
De acordo com o coordenador de Serviços Públicos da Secretaria de Infraestrutura da Prefeitura (Seinfra), Clayton Rezende Nunes, gestão do lixo no município está em fase de redefinição. Uma nova licitação foi feita e a ordem de serviço deve ser assinada na próxima semana para que um novo contrato seja firmado com a empresa que gerencia a coleta de resíduos sólidos.
De acordo com o novo contrato, alguns bairros – como o Vera Cruz, em Aldeia – passarão a ter coleta diária, em vez de em dias alternados, como é atualmente. No resto da área de Aldeia o lixo continuará sendo coletado nas segundas, quartas e sextas-feiras.
“Fizemos um planejamento pela densidade demográfica e definimos as áreas que devem ter a coleta ampliada. Além disso, vamos aumentar nossa equipe de capinação e as áreas de varrição nos bairros”, diz ele.
Tudo isso deve acontecer primeiramente em fase de teste e ao longo do tempo implantada definitivamente.
Uma ampla campanha educativa também faz parte dos planos da Prefeitura, num segundo momento. “Entendemos que só podemos cobrar a participação do munícipe a partir do momento em que oferecemos um serviço adequado. E como ainda temos algumas lacunas, precisamos primeiro preenchê-las para depois irmos às ruas informar as pessoas sobre os horários do caminhão de lixo e as formas corretas de armazenar os resíduos”, explica.
Outra novidade importante é que o aterro controlado de Camaragibe, na área conhecida como Céu Azul, será encerrado este ano. Segundo Rosângela Santos, assessora especial da Seinfra, o lixo do município vai passar a ser levado para um dos dois aterros sanitários do Estado: o de Jaboatão ou o de Igarassu, dependendo das negociações em andamento.
Os catadores que hoje trabalham no aterro de Camaragibe serão capacitados e poderão atuar junto com a Associação de Catadores pela Dignidade, entidade responsável pela pequena coleta seletiva que existe hoje no município, e que passará a funcionar, a partir de abril, no Ecoponto que está sendo implantado ao lado do Camará Shopping.
Atualmente a Prefeitura recolhe uma média de 104 toneladas de lixo por dia em todo o município. E trabalha com uma frota de sete compactadores e dois caminhões-caçamba e uma equipe de 36 garis, além de mais 20 homens na coleta manual ensacada.
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