Mais um tamanduá foi levado ao Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas Tangara), da CPRH, na semana passa, com escoriações pelo corpo e problemas neurológicos. O animal, um adulto jovem do sexo masculino, foi encontrado em um terreno na Mirueira (Paulista) e como estava sem conseguir levantar a cabeça, sem coordenação motora, terminou sofrendo um acidente na própria clínica do Cetas e machucando o olho direito.
“Ele chegou aqui incoordenado, dando cambalhotas e andando em círculos. Foi assim que se machucou, mas fizemos uma tomografia e não foi identificada nenhuma hemorragia ou edema. Por ele mesmo estar colaborando, aceitando se alimentar, a recuperação está sendo ótima. Caso ele não aceitasse o alimento, poderia definhar e morrer”, explica a veterinária Natália Costa, do Cetas, que está cuidando do tamanduá.
Como não foi fechado nenhum diagnóstico sobre os ferimentos – os indícios são de que ele tenha reagido ao ataque de algum outro animal ou caído de um lugar alto –, o tratamento seguiu o protocolo para traumas, à base de corticoide e analgésicos. A alimentação, que no início foi feita via sonda, e posteriormente por mamadeira, agora já é dada no pote. Além da papa especial para a espécie, ele já come cupim.
O próximo passo, segundo Natália, dependendo da evolução da lesão no olho (úlcera na córnea), é tirá-lo da clínica e levá-lo para a reabilitação em ambiente externo. E se tudo der certo, o animal deve ser reinserido à natureza dentro de três meses.
Se você encontrar algum animal silvestre ferido na rua, ligue para a Brigada Ambiental de Camaragibe (81 3456 7100 ou 153), Cipoma (81 3181 1700) ou CPRH Fauna (81 3182 8905 / 81 3182 8811) que o resgatará e o entregará aos cuidados do Cetas.
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