Setembro é o mês mais seco do ano e coincide com o período de procriação e nascimento de bichos-preguiça na Mata Atlântica. Com isso aumenta o número de machos se deslocando para buscar alimento e fêmeas para procriar. E com isso, pela própria forma como esses bichos se locomovem, lentamente, acontecem muitos acidentes como choques elétricos e atropelamentos na Estrada de Aldeia. Então, o que se deve fazer ao se encontrar um bicho-preguiça por aí?
Leia também:
Exército guarda tesouro ambiental em Aldeia
Centro em Aldeia acolhe, trata e reabilita animais silvestres machucados ou ilegais
De acordo com o biólogo Yuri Valença, do Cetas Tangara (Centro de Triagem de Animais Silvestres da Agência Estadual do Meio Ambiente), ao se encontrar uma preguiça tentando atravessar a pista ou subindo em postes de energia, deve-se simplesmente ajudá-la a chegar ao outro lado ou afastá-la da rede elétrica.
“A ideia de trazer o animal saudável para o Cetas ou de levar para soltá-lo em uma área distante está muito errada. Cada animal tem seu lugar e quando ele é tirado desse lugar, tem que disputar território com outro”, explica Yuri.
Se o animal estiver ferido ou doente, aí sim, deve ser levado o quanto antes ao Cetas, que fica na Estrada da Mumbeca, no km 13. Esta semana uma preguiça fêmea com o membro anterior fraturado e carregando um filhote foi entregue ao Cetas depois de quatro dias de ter sofrido um choque elétrico.
“Ela chegou aqui muito molhada e com o braço pendurado. Além de estar muito debilitada por causa da fratura, veio com um filhote, que sugava ainda mais sua vitalidade. O estado do animal é grave e ele vai ter que passar por uma cirurgia. Se tivesse sido trazida antes, teria muito mais chance de sobreviver”, lamenta o biólogo.
Para resgatar o animal ferido ou doente, ligue para:
Cipoma – 3181.1700
CPRH – 3182.8923
Brigada Ambiental de Camaragibe – 3456.7100 ou 3456.7153
Cadastre-se para receber nossa newsletter.