Quedas de árvores interrompem as estradas. Que fazer?

Sempre que as chuvas são muito intensas, é a mesma coisa: muitas árvores caem, interrompem os caminhos e afetam a rede elétrica de Aldeia. Da manhã de terça-feira para cá, ficaram interrompidas por algumas horas a Estrada de Aldeia (na altura do km 18), a Estrada da Peroba (km 6) e a Estrada dos Macacos (km 4,5). Além do transtorno para quem não pode trafegar, há o perigo de choques elétricos para quem circula a pé ou de bicicleta e também para os animais silvestres.

O problema é maior porque os órgãos de resgate e defesa civil têm pouco efetivo e muita demanda nesta época. “Os moradores estão desde cedo ligando para a Defesa Civil de Camaragibe, mas não conseguem nem ser atendidos. A gente sabe que a situação é difícil, eles devem estar atendendo a ocorrências em áreas de risco. Infelizmente, a situação é caótica”, lamenta a jornalista Verônica Azevedo, moradora da Peroba.

Na foto abaixo, a árvore que caiu na Estrada da Peroba.

Km 18

No km 18, onde caiu um pé de eucalipto na terça-feira pela manhã, o perigo durou o dia inteiro e piorou à noite, quando os motoristas se arriscavam pela falta de iluminação na curva onde o tronco interrompia metade da via. Para evitar acidentes, os moradores Mozart Souto e José Gomes ficaram no local, debaixo de chuva, sinalizando com lanternas o trecho interrompido, até a chegada dos Bombeiros.

Mozart contou que o mais grave de tudo foi que, ao telefonar para o 193 (Bombeiros) para pedir ajuda, foi informado de que teria que ligar de um celular de outra operadora. “Parece piada, mas a atendente me informou que para atendimento na área de Paudalho, eu deveria ligar de outro chip! Só depois de muita conversa ela atendeu ao chamado e os Bombeiros chegaram por volta das 20h30”, conta.

Segundo José Gomes, quando os três homens do Corpo de Bombeiros chegaram, numa caminhonete, ainda foi preciso esperar que estiasse um pouco para que a Celpe desligasse a rede elétrica e o serviço fosse iniciado. Só por volta das 4 da manhã a árvore foi retirada da estrada.

Gomes explica que a queda de árvores é muito frequente no trecho entre os km 14 e o km 20 e geralmente são os próprios moradores que providenciam a retirada. “Quando a gente liga, fica um empurrando pro outro. A Defesa Civil diz que é com os Bombeiros e vice-versa”, reclama. “Por isso muitas vezes os moradores tomam a iniciativa, mas há muitos riscos envolvidos, como de acidentes e choques elétricos”.

Outros caminhos

Na Estrada dos Macacos, além da queda de uma árvore, o transbordamento do rio Beberibe praticamente fechou a via para o tráfego de veículos, tanto foram o volume e a força da água na pista. Para quem procurou sair de Aldeia pela Estrada da Mumbeca (km 13), o problema foi a saída, na Guabiraba, onde a BR-101, com trechos totalmente cobertos de água, ficou com o trânsito interrompido por várias horas.

A quem recorrer

Apesar da precariedade no atendimento, os órgãos que podem ser acionados em caso de queda de árvores são:

Bombeiros: 193
Defesa Civil de Camaragibe: (81) 2129-9564 e WhatsApp (81) 98723-1025
Defesa Civil de Paudalho: (81) 99958-0723
Defesa Civil de Abreu e Lima: (81) 98736-6296