Embora raro encontrar em Pernambuco áreas escolares devidamente sinalizadas, existem municípios brasileiros que cumprem com o seu papel, ou pelo menos parte dele. Em Camaragibe ainda se vê uma escassez no que diz respeito à sinalização escolar, problema esse que não deveria existir, já que coloca a integridade física dos pedestres em risco, mais especificamente de crianças, adolescentes e jovens, indo contra a Constituição, que estabelece o direito de ir e vir, bem como a segurança dos cidadãos.
Para um exemplo prático, temos a situação da Escola Técnica Estadual Alcides Nascimento Lins, localizada na PE-027, próxima à praça Maria Amazonas. Na mesma localidade há uma escola infantil, chamada Abigail Fernandes. Durante o percurso da escola técnica até a praça há três sinais – tendo um em frente à escola –, justamente o que não tem faixa de pedestre. Essa situação expõe os alunos ao perigo.
Se já não fosse suficiente o descaso do poder público, infelizmente há também a falta de educação dos motoristas. De 25 carros, apenas um para. Assim, para chegar à escola, os alunos e outros transeuntes se veem na obrigação de desafiar os carros, forçando a parada deles.
Esse problema, sendo estudado por um técnico na área, teria possíveis soluções como: a implantação de uma faixa de pedestre, instalação de uma placa indicativa de área escolar, bem como ações de educação no trânsito.
Lembro-me bem da Prefeitura de Camaragibe ter feito eventos de educação no trânsito com as crianças da rede municipal. No entanto, do que adianta fazer isso e não garantir a segurança na prática? Exato, é só marketing.
Em virtude dos fatos mencionados, acredito que deva haver uma reunião com representantes de escolas municipais, estaduais e privadas para a discussão de problemas que necessitam da discussão popular a fim de solucionar esse e outros obstáculos que põem vidas em risco.
Carlos Eduardo Freitas Pereira de Albuquerque, 15 anos, é aluno da Escola Técnica Estadual Alcides Nascimento Lins.
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