Quem passa pelo trecho entre o km 14 e o km 20 da Estrada de Aldeia sabe o quanto é bonito o arco de árvores que atravessa a pista de um lado a outro. Mas sabe também o quanto é cheia de perigos aquela região, com buracos, falta de iluminação, falta de sinalização na pista e, sobretudo, pela falta de poda nas árvores, que tem causado uma série de quedas e acidentes.
Não é por falta de aviso: o Fórum Socioambiental de Aldeia já enviou diversos ofícios aos DER solicitando uma atenção especial, mas a verdade é que a qualquer momento uma tragédia pode acontecer.
A médica Rosário Nemésio, moradora do Haras de Aldeia, passou um grande sufoco, duas semanas atrás. Ela conta que levava sua cachorra para uma consulta veterinária, por volta das quatro da tarde, quando um galho enorme e grosso simplesmente caiu sobre seu carro, um Volkswagen Nivus, no km 16.
Segundo ela, por questão de poucos centímetros o galho não quebrou o parabrisas do carro, provocando um acidente pior. Ela parou o automóvel um pouco depois de ter sido atingida e o resultado foi um prejuízo de R$ 4 mil para consertar a lataria, sem falar em duas semanas sem poder utilizar o carro.
“Foi um livramento”, diz ela. “Claro que a gente se preocupa com a escuridão da via, com a quantidade de buracos e com a possibilidade de assalto, mas quando a ficha cai é que a gente vê como estamos todos à mercê do descaso. Sempre vemos galhos caindo, as copas das árvores estão altíssimas, elas ocupam o espaço que é delas, mas deve haver um trabalho preventivo para que não ocorram acidentes”, alerta.
Logo após ter parado o carro, Rosário retornou para casa e se deparou com uma colisão entre dois carros, justamente no local onde o galho havia caído, e ficou sabendo que o resto da árvore também tinha vindo abaixo.
De acordo com a vice-presidente do Fórum Socioambiental de Aldeia, Ludmila Portela, o órgão estadual responsável pela PE-27 (Estrada de Aldeia) já foi comunicado diversas vezes, por meio de ofício, sobre essa situação, mas nada é feito.
“O DER já foi avisado, inclusive conversamos pessoalmente com a secretária de Infraestrutura e Recursos Hídricos, Fernandha Batista, no gabinete dela, dois anos atrás, mas até agora nada foi feito. Quando chega época de chuva o perigo aumenta e muito. Trata-se, realmente, de uma tragédia anunciada!”.
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