Já ouviu falar em verme do coração, ou Dirofilariose canina? Embora seja endêmica em Aldeia, pela proximidade com a mata e a quantidade de lixo e entulhos muitas vezes jogados em locais indevidos, a doença é pouco falada e menos ainda prevenida. Seu transmissor é o mesmo da dengue, chicungunha e zica, o Aedes aegypti. Quando infectado, o mosquito deposita as larvas no cão enquanto o está picando e, assim, os filhotes de vermes caem diretamente na corrente sanguínea. Depois disso eles se multiplicam, crescem e vão para os pulmões e o coração do animal.
A boa notícia é que a doença tem controle, mas só quando detectada precocemente e a depender do estado de saúde e da idade do cão. A má notícia é que a Dirofilariose é uma zoonose, ou seja, pode ser transmitida – embora seja raro – para o ser humano e para os felinos.
“Quando as filárias ainda são filhotes, podemos tratar a doença com vermífugos. Quando já são adultos, os vermes precisam ser removidos com cirurgia, porque se morrem dentro do organismo, é muito comum que seus fragmentos se soltem nas veias causando trombos e podendo levar os cães à morte”, explica Regiane Bezerra (CRMV 2612), veterinária aldeiense.
“O grande problema, portanto, é quando o cão já é idoso e não pode se submeter a cirurgias. Muitas vezes nem vale a pena e o tutor prefere continuar apenas com o tratamento para eliminar as filárias filhotes enquanto os vermes adultos comecem a provocar os sintomas e o animal venha a falecer”, descreve a veterinária.
Os sintomas da doença são falta de ar, tosse, cansaço, fraqueza e perda de peso. Quando em estágio avançado, a doença resulta em hipertensão pulmonar crônica, e leva à insuficiência cardíaca e à morte.
Quanto antes descoberta a doença, mais fácil tratar. Mas como os sintomas levam muito tempo a aparecer, apenas um exame de sangue, teste rápido pode detectar. Uma vez identificada a presença das microfilárias no organismo (o que pode ser visto na amostra de sangue, em microscópio), é importante a realização de uma radiografia (para ver se há lombrigas adultas no pulmão), e um ecocardiograma (para constatar a presença delas no coração).
O tratamento, quando no estágio inicial, dura 25 dias e é feito com antibiótico e remédios para proteger o estômago e os rins. Quando as filárias já estão na fase adulta e instalada no coração, a remoção dos vermes tem que ser feita via cirurgia.
A prevenção, portanto, é o melhor dos cenários. O que se tem que fazer é evitar que o pet seja picado pelo mosquito hospedeiro. Para isso é necessário utilizar algum método repelente, como coleiras à base de deltametrina, pipetas para ser usadas sobre a pele, medicamentos orais ou injetáveis de longa duração ou mesmo repelentes residenciais.
E se notar qualquer alteração no comportamento do seu cãozinho, procure um veterinário!
Mais informações sobre a doença, com a Dra. Regiane (99766-1349).
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