Um dito muito conhecido de quem se preocupa com a proteção do meio ambiente fala em “pensar globalmente e agir localmente”.
Não só nesta semana simbólica, como nos demais 358 dias do ano, acho bom que todos pensemos – sem pontos de vista individuais – na desgraceira em que se encontra a Terra toda, uma coisa que está na cara, na pele, na comida, na saúde de toda gente.
E como ver isso do modo de viver local? De quem mora em Aldeia?
Em princípio, é preciso saber quem é que mora em Aldeia. Identificar quem vive bem e quem não vive. Pode ser que, a depender de quem esteja mais, ou menos, à vontade, as opiniões sobre os cuidados com o ambiente sejam diferentes.
Muito importa. Há os que estão bem, há os que estão mal. Existem muitos que nem entendem que a situação em que vivem tem a ver com seu dia a dia. Ignoram. Seria tão bom que cada um que pode refletisse nisso…
Aldeia já foi muito melhor do que é hoje, em termos de vida, vida vegetal, animal e humana. Mesmo sendo uma região em que a devastação feita pela cultura da cana produziu, ao longo de séculos, danos enormes ao ambiente, alguma coisa ainda restou.
Não cabe, hoje, culpar a História, nada, ninguém. Vale, sim, encarar a realidade presente, de uma região em permanente degradação, invadida por condomínios e favelas, indiscriminadamente destrutiva do ambiente em que todos tentam respirar.
Atuar localmente parece muito importante, tanto quanto pensar na coisa como um todo. Alguns moradores de Aldeia mais conscientes têm procurado alertar as pessoas do risco que se corre. Uns, por exemplo, se reúnem no Fórum Socioambiental de Aldeia e debatem o assunto. Que é gravíssimo.
Seria muito bom que outros debatessem mais.
Antônio Portela é jornalista e mora em Aldeia há 40 anos
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