Nos bons tempos das revistas em quadrinhos, os gibis, e das séries cinematográficas, marcaram de forma definitiva gerações inteiras. Os heróis dos quadrinhos exibiam usos e costumes interpretados por figuras inusitadas, possuidoras de perfil irreverente, risíveis, irônicos, tímidos, estúpidos…
Assim, nesse universo, surgiu o Sargento Tainha, um brutamontes com viés de crueldade para contracenar com Zero, um recruta com jeito de autista.
No cinema, quem não deu boas risadas com Garcia, um obeso ingênuo, na inútil perseguição ao Zorro? No Brasil, tempos mais tarde, um assemelhado de Garcia surgiu na TV dos Trapalhões atendendo pelo nome de Sargento Pincel.
Pois bem, ignorando a relação custo-benefício e a preservação da natureza, o País se prepara para aplicar, quem sabe, mais de um bi e meio, numa big school para os herdeiros dessas figuras e, pior, sacrificando resquícios do que um dia fora a Mata Atlântica.
Paulo Caldas é escritor
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