A cura por meio de uma aproximação com a natureza e os quatro elementos que formam a vida na Terra é o objetivo de toda espiritualidade ancestral, em especial a dos indígenas e também a dos indianos.
No Mandala Terapias Holísticas, em Aldeia (km 11,5), rodas de cura xamânica, terapia temazcal e massoterapia ayurvédica são apenas dois dos caminhos de cura oferecidos pelos terapeutas.
Além disso há sessões de shiatsu, iridologia chinesa, reiki, reflexologia, acupuntura coreana e tradicional, auriculoterapia, entre outros.
Edimar Taroni e Silvia Flores dos Santos, gaúchos que viviam na Mata Atlântica do Sul do Brasil (município de Ivoti, na Serra Gaúcha), saíram em viagem por um ano pesquisando o xamanismo nas terras brasileiras. Foram 35 mil quilômetros rodados e muito conhecimento acumulado para ser transformado em livro, ainda em produção. Em 2013 se encantaram com o Nordeste e, em especial com Aldeia. Em outubro do ano passado inauguravam o espaço, na rua Abelardo Bastos, 04 (entrada do armazém vermelho, no km 11).
“Aldeia nos lembra o local rodeado de verde em que morávamos no Sul, com a vantagem de ser quente. Viemos em busca de novos ares, do calor e de novas amizades e culturas. Aqui encontramos pessoas muito abertas e fizemos amizades com algumas tribos, como a dos fulni-ôs, de Águas Belas”, conta Edimar, que é membro da instituição Fogo Sagrado, com sede no México, que trabalha buscando uma integração entre o xamanismo da América do Norte (Lakotas) com os da América Central (Mexiclas) e da América do Sul (Taitas, entre outros).
Xamanismo, segundo Edimar, é um termo genérico para designar práticas espirituais, médicas e filosóficas dos povos indígenas. Em geral, toda cultura xamânica tem como base o respeito a todos os seres da natureza, a conexão deles com a mãe terra e a interdependência entre todos os elementos.
Uma das terapias realizadas no Mandala é o Temazcal, também conhecida como Terapia do Renascimento ou Tenda do Suor. Uma tenda é armada, ao ar livre, com galhos e pedaços de pau e coberta com lonas que isolem ao máximo a entrada de luz. Do lado de fora é acesa uma fogueira onde pedras são colocadas para esquentar. As pedras são chamadas de “abuelitas”, ou “avozinhas”, por terem sido os primeiros habitantes do planeta e guardarem memórias milenares, segundo o xamanismo.
Quando estão bem quentes, as pedras são levadas para dentro da tenda e recebem um banho com água fria e ervas aromáticas, produzindo um vapor purificante que deve ativar as memórias mais profundas das pessoas que estão ali. A ideia é reproduzir um ambiente quente e úmido como um ventre materno e naquele momento trazer à tona traumas e lembranças que nos acompanham desde antes do nosso nascimento.
Durante o Temazcal, os participantes entoam cantos e são acompanhados por tambores que batem a uma velocidade semelhante ao do coração de um feto no útero da mãe, 180 batimentos por minuto. Tudo isso tem um efeito tão catártico e terapêutico que muitas pessoas se curam de fobias como de andar de avião ou pegar um elevador, ou se livram de mágoas antigas que têm com o pai ou com a mãe, por exemplo.
A próxima sessão de Temazcal do Mandala será no dia 22/4 e para participar é preciso se inscrever com antecedência, pois serão abertas apenas vinte vagas. A inscrição custa R$ 80 e pode participar qualquer pessoa, de qualquer idade.
Para conhecer mais sobre essa e as outras terapias oferecidas no Mandala, visite a página no facebook ou agende uma visita pelo telefone: (081) 99616-5390.
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