A aldeiense Sylvia Siqueira Campos está em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, para participar de eventos a convite de Malala Yousafzai, jovem paquistanesa ganhadora do Nobel da Paz. Presidente da ONG Mirim Brasil, Sylvia foi uma das três brasileiras selecionadas, no final do ano passado, para participar da Rede Gulmakai, iniciativa do Fundo Malala para fortalecer a defesa da educação de meninas em todo o mundo.
A pernambucana, de 37 anos, é jornalista e ativista na área de direitos da criança e do adolescente. Ainda em Dubai ela participa esta semana do Fórum Global sobre Educação, evento que reúne líderes do mundo todo na área de educação em busca de equidade e emprego para todos. Sylvia falará sobre a importância da sociedade civil organizada no desenho e monitoramento de políticas públicas educacionais.
Ao ser selecionada para fazer parte da rede internacional fundada por Malala, a organização que Sylvia preside, o Mirim Brasil, vai receber apoio financeiro e técnico para os projetos de incidência em políticas públicas de educação para meninas quilombolas e indígenas. A ONG pernambucana hoje faz parte da Associação Brasileira de Organizações Não Governamentais (Abong), da Secretaria Geral do Fórum Latino-Americano e Caribenho de Juventudes e do Movimento Internacional de Educação Socialista (IFMSEI).
Esta semana Sylvia encontrou-se com Malala e entregou a ela mensagens redigidas por cerca de 20 meninas do projeto Pontinha de Futuro, do Alto Santa Isabel, Zona Norte do Recife. Antes de escreverem as cartinhas, as meninas aprenderam sobre a história de Malala, que chegou a sofrer um atentado a bala pelo simples fato de querer frequentar uma escola e tornou-se símbolo mundial de resistência e força feminina.
‘Ela fez questão de ler as cartinhas uma a uma. Malala sabe o quão difícil que é a vida das meninas no Brasil. Após a leitura, comentou que o mais impressionante é que, ainda que essas meninas estejam em uma periferia bastante massacrada pela falta de acesso a políticas sociais ou por um acesso a políticas sociais de baixa qualidade, elas não perderam a capacidade de sonhar. As meninas têm outras pessoas que as inspiram e Malala é uma delas’, afirmou a aldeiense.
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