Você sabia que criar animais silvestres sem autorização é crime? E mais do que isso: coloca em risco a saúde de todos que moram por perto e, pior ainda, ajuda a desequilibrar a natureza. Sim, porque para a natureza, um animal preso é como um animal morto: ele deixa de contribuir com o ecossistema, quebra a cadeia alimentar, deixa de dispersar sementes e ajuda a extinguir espécies.
Então, preste atenção: você pode devolver esse animal à natureza de forma segura e responsável. Basta entregá-lo à CPRH, na sede do Poço da Panela ou no Cetas, em Aldeia. Ou ainda nas campanhas de entrega voluntária, como as que vão acontecer nos dias 27/1 (Praça de Camaragibe), 29/1 (Privê Vermont) e 01/2 (Aldeia, local a ser definido).
Na semana passada, a CPRH e a Prefeitura de Camaragibe realizaram uma oficina (foto) com o tema Defesa da Fauna Silvestre, que reuniu representantes da comunidade, do ecoturismo, ONGs de proteção ambiental, Fórum Socioambiental e Brigada Ambiental, além do Aldeia da Gente.
Entre outras informações, as gestoras da CPRH explicaram como funciona a campanha, a importância de se devolver os animais silvestres a seu habitat natural e qual a diferença entre animais silvestres e domésticos. Segundo a analista em gestão ambiental Sylvia Francisco Nino, só podem ser criados de forma legal os animais silvestres nascidos em cativeiro, anilhados e comprados com nota fiscal.
“O tráfico de animais silvestres é a terceira maior prática ilegal no Brasil, só perdendo para o tráfico de drogas e de armas”, informou Sylvia. Muitas vezes, para serem transportados de forma ilegal, os animais têm os olhos furados, as asas quebradas, são sedados ou alcoolizados, tudo para diminuir a agressividade e mantê-los calmos. Um dado assustador é de que de cada dez animais retirados da natureza, nove morrem antes de chegar ao destino de venda devido às péssimas condições de transporte.