Faz três anos que Pernambuco realiza o curso de Agricultura Biodinâmica fora do eixo sulista. Iniciado em 2018, o curso foi sendo aperfeiçoado através de escutas com discentes e docentes desde seu início. Este ano chega a um novo formato, que prevê e oportuniza a participação de pessoas de outros estados do Nordeste: “Recebi ligações de pessoas interessadas do Rio Grande do Norte, da Paraíba, da Bahia, de Alagoas e até do Centro-Oeste do país, do estado de Tocantins” sinaliza Luiz Carvalho Gallego, produtor e coordenador pedagógico do curso.
A iniciativa já esteve em Aldeia desde 2018, mas sempre de passagem. Agora, em 2020, o plano é concentrar o curso inteiro em apenas um local, o Instituto Plêiades, no km 17. A ideia de fazer um espaço de referência pedagógica nasceu em 2019.
Antes, numa tentativa de semear o conhecimento agrícola biodinâmico, o curso acontecia em diversos lugares, incluindo Aldeia, Paudalho e Recife. Porém, algo ficava pelo caminho, os ciclos da vida, da atividade e da natureza não eram acompanhados pela turma do ano corrente. Assim nasceu a ideia de ter um local pra que se pudesse acompanhar todo o ciclo das ações práticas do curso, da natureza, de seus movimentos nas diferentes estações, mesmo que esses movimentos sejam sutis.
Com cinco módulo bimensais e imersivos de duração semanal, o curso tem início em abril e vai até dezembro. Os docentes virão de diversas partes do país e de diferentes nacionalidades. Entre eles, a chilena Ximena Moreno (foto), que desenvolve um belo trabalho unindo a medicina antroposófica, a agroecologia e a agricultura biodinâmica, e o suíço Simon Blaser (na foto, de vermelho), que tem um foco laboral no convívio popular e no desenvolvimento de espaços agrícolas inovadores economicamente. Do Brasil, Raphael Arcanjo, Marcelo Martins Ribeiro (terceira foto abaixo) e Pedro Jovchelovich, todos de São Paulo, têm formação em agricultura biodinâmica em Botucatu.