Se confinamento já é chato para quem é crescidinho, imagine para as crianças, que têm energia de sobra, curiosidade e necessidade de interação! O desafio para os pais, neste momento, é manter a rotina dos filhos, na medida do possível, e usar de toda criatividade para mantê-los ocupados e felizes.
O Aldeia da Gente pediu e várias crianças aldeienses contaram como estão atravessando este momento. Confira o que eles disseram:
Os irmãos Arthur (9) e Vinícius Freire dos Santos Firmo (11), moradores do km 12, têm aproveitado para conviver mais com os pais, Cris e Roberto, também isolados em casa, e estão encarando tudo com muita tranquilidade. O caçula, Arthur (abaixado, na foto acima), tem uma visão clara e otimista da situação. Diz ele: “O negócio é muito sério, mas não quer dizer que o mundo vai acabar e que todo mundo vai morrer, não. É que nem com a microcefalia, foram muitas pessoas infectadas e muitas mortes, mas o mundo não acabou”, atesta. Quanto à nova rotina, diz: “Já me acostumei, sei que não é férias. A gente tem que deixar os lugares ventilados, lavar as mãos, não tocar no material dos outros e quando sair de casa sempre tem que tomar banho”.
Vini, o irmão mais velho, conta que como tem que ficar em casa, “fico jogando jogo de tabuleiro, acompanho minha mãe quando ela está fazendo exercício, brinco com minhas cachorras Amora e Lua, cumpro minhas tarefas, assisto filme com a minha família e sou feliz!”.
Já na casa de Juliana e Silvio Lessa, são três crianças, inclusive o pequeno Joaquim, de apenas 6 meses. João Luiz (11) e Pedro Antônio (9) estão um pouco impacientes e contam que “é um saco ficar só dentro de casa”.
“Eu não tô gostando dessa quarentena porque não dá pra jogar bola, não dá pra andar de bike, não dá pra ir pra piscina, é pra ficar só dentro de casa, é um saco. Tô preso!” (olhem a foto que ele nos enviou, com barras de ferro desenhadas pra mostrar como ele se sente). Pra se divertir, João diz que joga videogame e grava vídeos. Ciente do que está acontecendo, ele se preocupa: “O coronavírus é uma gripe que mata e ela tá me proibindo fazer o que eu gosto. Não tô com medo de eu pegar, tô com medo da minha família pegar”, diz, com a voz embargada.
Pedro Antônio diz que está com medo do coronavírus, mas está fazendo “tudo certo”. Para ele, o lado bom disso tudo é “que fica todo mundo junto em casa”. Ele cita como passatempos jogar adedonha e videogame. Juliana, a mãe, entrega: “Eles mexem na casa o dia todo e não param de comer!!!”.
Filha única, Amanda Quintella, 10 anos, se vira como pode. E criatividade é o que não falta. Como ela já tem um canal no youtube, tem aproveitado para gravar vídeos onde conta fatos sobre si mesma, cria desafios, ensina habilidades e fala o que pensa das coisas. Assista o vídeo que ela gravou especialmente para esta matéria.