No dia 5 de junho comemoramos o Dia Mundial do Meio Ambiente. Essa data foi escolhida por ter sido o primeiro dia da Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano (United Nations Conference on the Human Environment), que ocorreu entre 5 e 16 de junho de 1972 em Estocolmo, na Suécia. Essa foi a primeira grande reunião da Organização das Nações Unidas para tratar sobre questões ambientais e representou um grande marco na luta por um desenvolvimento econômico que inclua preservação ambiental e justiça social.
Desde 1974, esse dia é celebrado anualmente com um tema e este ano o tema será “Biodiversidade”. Durante toda esta semana ocorrerão milhares de eventos no mundo todo. E por conta da pandemia da COVID-19, esses eventos serão todos online e, portanto, disponíveis para quem quiser acompanhar e participar.
Temos um grande desafio pela frente. A biodiversidade do planeta, e em especial do Brasil, nunca esteve tão ameaçada. Enquanto em muitos países as emissões de gases poluentes diminuem com a quarentena, no Brasil estima-se que encerraremos o ano com um aumento nas emissões, isso principalmente devido às taxas de desmatamento e queimadas na Amazônia (foto acima), que não param de subir.
Com as atenções da população e da imprensa voltadas para a pandemia, as atrocidades ambientais estão mais ativas do que nunca. Dados divulgados pelo Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD), do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), mostraram que o desmatamento da Amazônia no último mês de abril foi o maior dos últimos 10 anos, com 529 km2 de floresta derrubada, o que representa um aumento de 171% em relação a abril de 2019. Se contarmos o desmatamento acumulado de agosto de 2019 ao fim de abril de 2020, os dados computados pelo Deter, sistema de coleta de dados do INPE, mostram 5.666,10 km2 de área desmatada, o que equivale a 94,4% a mais do que o registrado em abril 2019.