Existe uma modalidade de dança milenar e essencialmente feminina que estimula a sedução, a autoconfiança e flexibilidade corporal e está fazendo o maior sucesso no mundo todo. É a Dança do Ventre (DV), de origem incerta – mas com forte influência árabe –, que explora os movimentos circulares dos quadris (há quem diga que imita as contrações do parto) e desenvolve o equilíbrio por meio de um delicado balé das mãos.
Em Aldeia, Alessandra Roma (ou simplesmente Alê) dá aulas particulares e em grupos, faz apresentações em eventos e viaja o Brasil todo participando de cursos e concursos de Dança do Ventre. No ano passado, por exemplo, fez parte do Festival Nacional de DV, no Mercado Persa, em São Paulo. Segundo ela, o Brasil é recordista de público neste tipo de evento, já ultrapassando o Egito, onde a tradição é mais antiga.
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A bailarina aldeiense tem uma longa história com a dança. Depois de treinar ginástica rítmica por muitos anos, partiu para a dança propriamente dita e se encantou com a lambada. Uniu-se a um grupo chamado Bailar e com ele viajou por vários estados fazendo apresentações. Chegou a dançar lambada no Show da Xuxa e no Chico Anísio Show. Em 2012, aos 40 anos, conheceu a Dança do Ventre.
“A Dança do Ventre sempre me fascinou, mas antes não era tão difundida por aqui. Quando tive a oportunidade de conhecer melhor, numa academia em Casa Forte, me apaixonei”, lembra. Desde então, a bailarina não para. Onde tem oficina ou workshop de Dança do Ventre, ela está. Já viajou à Argentina, São Paulo e Alagoas para treinar com os maiores ícones da DV no Brasil e no mundo, como Saida Helou (argentina) e Hossan Hamsy (egípcio).
São muitos os benefícios da Dança do Ventre elencados por Alê Roma, a começar pela auto-aceitação e auto-confiança. Como não está ligada ao estigma do corpo sarado, sendo indicado a mulheres magras, gordas, jovens e idosas, a dança combate a depressão, melhora o humor, estimula a desinibição e eleva o amor próprio.
Na parte física, melhora a postura, ativa a circulação sanguínea, aumenta a resistência física, trabalha articulações, a flexibilidade e a coordenação motora, queima calorias e tonifica todos os músculos do corpo, além de aliviar os sintomas da TPM e da menopausa.
“Por conta dos movimentos pélvicos e de quadris, tenho alunas que vêm por indicação médica tratar de incontinência urinária com a Dança do Ventre”, conta Alê, lembrando que o gingado circular também é benéfico nos casos de constipação.
Quando se prepara para uma apresentação, a bailarina revela que é como se estivesse se preparando para entrar num castelo na pele de uma princesa. O ritual faz parte do “espírito da DV”. “Eu invisto muito no figurino, que é composto por saias, cintos e bojos sempre com muito brilho, muito strass, muito ouro. Além disso, há os acessórios: véus, espadas, candelabros, velas, snujs (pratinhos que se bate com os dedos), binds (pedrinhas coladas na testa). E muita maquiagem. É como estar num conto das mil e uma noites!”, compara.
Em casa, onde também dá aulas, Alê montou um estúdio temático (Studio Alê Del Roma) que parece mesmo saído dos contos orientais, decorado com tapetes, almofadas, espelhos e cortinas, onde as alunas incorporam o clima árabe.
A chácara de Alessandra fica no km 9,5 e ela também dá aulas no Studio Lahn, na área externa do supermercado Bomde+ (quartas às 16h30) e no Centro de Cultura Nice Gazzaniga, em Afogados (quintas às 18h). Fora isso, dá aulas particulares tanto em seu estúdio como na casa das alunas. E faz shows em jantares e outros eventos.
Contatos:
(81) 98161-1530
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