As lembranças de quem viveu os anos 1980 em Aldeia são de muita boemia. Havia poucos bares e restaurantes; eram de se contar nos dedos: Joca´s (km 9), Château Alpino (km 4,5), A Portuguesa (que resiste até hoje, no Vera Cruz), Tempo e Tempero (km 2,5), Universidade do Guaiamum (teve vários endereços) e Zé do Mé (km 9,5). Foi na famosa Mesa 4 do Zé do Mé, onde uma turma se reunia com frequência, que surgiu o bloco carnavalesco Jacamé.
“Naquela época tinha o Jacadura, que saía no domingo, e o Jacamole, na segunda. Só faltava um bloco para a terça de Carnaval, e aí surgiu o Jacamé, que tinha hino, estandarte, mortalha e muita batida de fruta de graça para o pessoal e para quem passasse na frente do Zé do Mé”, rememora Rejane Liberal, produtora de bonsai.
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“Era tudo muito família, a gente brincava na rua sem medo de nada. Muito antes do Carnaval a gente já se encontrava pra ensaiar o hino. Era muita anarquia!”, emenda Olímpia Barreto, a autora do hino, que fala do visgo da jaca e pergunta pelo 4, número da mesa do bar onde tudo teve início: “Cadê o quatro? Eu tô melado! Eu faço o quatro! Eu fico em pé!”, diz o refrão.
Os primeiros trios elétricos arrastando os foliões em Aldeia
Com o tempo, chegou a modernidade em forma de trios elétricos, abadás, cantores profissionais, violência, trânsito, bagunça e, enfim, os blocos de Aldeia desceram a ladeira e foram arrastar multidões na Vila da Fábrica, em Camaragibe.
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Assista aqui ao vídeo da autora do hino cantando do Jacamé.
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