Uma casa “portuguesa com certeza” em pleno Vera Cruz – mais ou menos na metade da Estrada de Aldeia – que atrai, além dos aldeienses, clientes do Recife e de outras partes da Região Metropolitana com uma fama construída ao longo de 40 anos, não poderia deixar de virar pauta da gente.
O restaurante Nossa Senhora de Fátima, mais conhecido como A Portuguesa, é um fenômeno, considerando sua longevidade e o fato de não ser exatamente um restaurante popular. Maria Albina Ferreira da Silva, hoje com 77 anos, veio de Portugal nos idos de 1965 para assistir ao casamento de uma prima na granja Grimancelos, na Estrada de Aldeia. Ali conheceu Sebastião Francisco da Silva, com quem se casou, e ficou trabalhando como cozinheira.
Anos depois, em 1977, abriu o restaurante na Avenida Vera Cruz, a estreita rua comercial que nem era calçada ainda, e onde o marido tinha um modesto barzinho.
Foi a “mão santa” de Maria Albina que cativou a clientela e pouco a pouco foi firmando a casa como um dos melhores restaurantes de comida portuguesa em Pernambuco. De barzinho virou restaurante, de uma pequena casa mudou-se para outra maior, e hoje ocupa um imóvel bastante amplo com dois ambientes (e cerca de 35 mesas) e mais um parquinho infantil, além de dois estacionamentos que somam vinte vagas.
Dona Albina e Seu Sebastião são avessos a conversa, mas os filhos Jorge Luis e Helena falam por eles. Jorge nos conta que o carro-chefe da casa é o Bacalhau à Fátima, até hoje o prato mais pedido. “Esse bacalhau foi o que me criou”, exagera ele. O prato é feito com uma posta alta de bacalhau ao forno com rodelas de batatas, cebolas, azeitonas e tremoços com salsa. Serve três pessoas e custa R$ 90. ]
Jorge diz que outro grande atrativo são os bolinhos de bacalhau, que custam R$ 3,50 a unidade. “Tem gente que vem aqui só para comprar os bolinhos; às vezes ligam encomendando e depois passam para levar para casa. Há quem leve 70 bolinhos de uma só vez”.
O empresário conta que a saída média é de 300 bolinhos de bacalhau por semana. Segundo ele, apesar de ser conhecido pela cozinha portuguesa, o Nossa Senhora de Fátima é tão brasileiro quanto português: afinal de contas, o casal é luso-brasileiro. Por isso, tanto na decoração se veem bandeiras de Portugal e do Brasil, como no cardápio há pratos brasileiros e até regionais, como a galinha de cabidela (R$ 35 para duas pessoas).
O Nossa Senhora de Fátima abre todos os dias da semana, das 10h às 22h. Telefone: 3459-1761
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