Aldeiense usa cogumelos na arte, na culinária e como terapia

Não são animais, vegetais nem minerais. Os cogumelos são seres do Reino Fungi, tão exóticos  quanto interessantes e surpreendentes. A antropóloga aldeiense Vânia Fialho, que passou a vida pesquisando o comportamento dos seres humanos, descobriu uma nova paixão e um hobby para preencher sua aposentadoria: fotografar cogumelos.

Desde que morou em Milão, em 2010, Vânia já gostava de provar a enorme diversidade de cogumelos que encontrava nos mercados. Mas foi mais tarde, em 2017, enquanto contemplava o Caminho de Santiago de Compostela, que despertou para o universo particular dos fungos. Quanto mais dava atenção aos pequenos seres escondidos (ou não) na natureza, mais deles encontrava e se encantava. E começou a fotografá-los.

“A partir dali comecei a pensar nos cogumelos sob um novo prisma. Passei a ler sobre eles e a procurá-los em toda parte”, conta Vânia. “Virei a louca do cogumelo. Onde chego, procuro por eles”, diverte-se. Ela conta que temos muito a aprender com esses seres. Diferentemente de outras espécies da natureza, dominadoras e competitivas, os fungos são espécies parceiras, ou seja, ajudam as outras espécies, por exemplo, ao decompor matéria orgânica e enriquecer o solo para as plantas se desenvolverem.